TSE nega ação penal contra diretor Geral do Google Brasil

Habeas corpus do executivo foi negado

Escrito por Redação Web ,

O diretor Geral no Google no Brasil, Edmundo Luiz Pinto Balthazar, não conseguiu reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), que manteve a condução coercitiva do diretor e o registro da prática de crime por ele ter desobedecido ordem judicial eleitoral. O habeas corpus do executivo foi negado, nesta quinta-feira (21), em decisão unânime dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O TRE da Paraíba determinou a retirada do vídeo no prazo de 24 horas, o que teria sido desrespeitado pelo diretor do Google Brasil reiteradas vezes. Edmundo Balthazar afirmou, em sua defesa, que não teve a intenção dolosa de descumprir a ordem e que a decisão do Tribunal viola a liberdade de expressão e de informação, entre outros argumentos.

Para a ministra Nacy Andrighi, o executivo deve cumprir a ordem judicial (Foto: Divulgação TSE) 

Relatora do pedido de habeas corpus, a ministra Nancy Andrighi afirmou que o diretor do Google Brasil desrespeitou ordem legítima de autoridade competente da Justiça Eleitoral, que determinou a remoção de vídeo ofensivo. Informa a ministra, de acordo com os autos do processo, que a Google Brasil, representada pelo seu diretor-geral, ?recusou-se reiteradamente a cumprir uma determinação judicial legítima? de retirada de vídeo cujo conteúdo representaria propaganda eleitoral irregular.

?Essa conduta reveste-se de considerável gravidade, pois demonstra o dolo do paciente, o representante da empresa, de permanecer indiferente a comando exarado pelo Poder Judiciário, o que configura, em tese, crime de desobediência eleitoral tipificado no artigo 347 do Código Eleitoral?, afirmou a relatora.

Acrescentou a ministra que a ordem de remoção do vídeo ofensivo da internet ?é medida de caráter cautelar, com o objetivo de evitar maiores danos à imagem da vítima, até o desfecho da representação por propaganda eleitoral irregular?. Segundo a relatora, por essa razão, não cabe uma empresa alegar a legalidade de vídeo para justificar o não cumprimento da determinação judicial, devendo para isso apresentar o recurso pertinente.

A ministra Nancy Andrighi afirmou que Edmundo Balthazar, na condição de diretor-geral do Google Brasil Internet Ltda., ?é a pessoa que incumbe legalmente? cumprir a ordem judicial de retirada do vídeo da internet. ?O TRE da Paraíba advertiu que o descumprimento da ordem acarretaria responsabilização criminal?, lembrou a relatora em seu voto.