Presidente do TSE, Rosa Weber pede diálogo e tolerância na véspera da eleição

Ministra fez pronunciamento em rede nacional no rádio e TV neste sábado (6)

Escrito por Folhapress ,

A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Rosa Weber, conclamou os eleitores a não votar em branco ou anular seu voto neste domingo (7), pediu diálogo e tolerância no país e reafirmou que as urnas eletrônicas são seguras. Rosa fez um pronunciamento em rede nacional no rádio e na TV na noite deste sábado (6).

"O voto de cada eleitor tem o mesmo peso. E porque enfatizo este particular aspecto? Eu o faço para lembrar que neste domingo teremos a oportunidade ímpar de decidir sobre os rumos e o destino da nação.
Não abramos mão desta chance. Não deixemos que os outros decidam por nós. O que define os eleitos é o conjunto de votos válidos, isto é, o total dos votos contabilizados nas urnas com exclusão dos votos nulos e dos votos em branco", disse a ministra.

"Que retornem ao dicionário de nossa vida cívica palavras como diálogo e tolerância. Somos uma sociedade plural, o que nos enriquece como povo. É legítimo e saudável que todos exerçamos nossas escolhas, observadas as regras do jogo democrático, mas o façamos com olhos de ver quem pensa diferente de nós como alguém que merece respeito. Como nós merecemos respeito", afirmou.

O país vive um momento de polarização em torno do líder das pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL), e o segundo colocado, Fernando Haddad (PT). Nas últimas semanas, Bolsonaro e aliados colocaram as urnas eletrônicas, usadas no Brasil desde 1996, sob suspeita de fraude -o que o TSE rechaça.

"Uma palavra, ainda, sobre a segurança e confiabilidade do nosso sistema eletrônico. As urnas eletrônicas têm sido usadas há 22 anos nas eleições sem sequer um caso comprovado de fraude. Trata-se de instrumento concebido pela equipe técnica do TSE, aperfeiçoado ao longo do tempo, a partir inclusive de testes públicos, de modo a garantir um processo íntegro, ágil e auditável", disse Rosa no pronunciamento.

Pela lei, partidos políticos, Ministério Público e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) podem requerer auditoria nas urnas eletrônicas.

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