Presidente do TSE diz que denúncia de irregularidade em urna será checada

Filho de Bolsonaro diz que urna só deixava votar em Fernando Haddad

Escrito por Redação ,

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, informou, neste domingo, que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal vão investigar relatos de que uma urna que impediria eleitores de escolherem outros presidenciáveis e só permitia voto no petista Fernando Haddad.

“Acabou de chegar ao conhecimento do Tribunal Superior Eleitoral esta ocorrência, este vídeo... Polícia Federal e Ministério Público Federal já estão acionados para que essa urna, seja constatada sua existência, seja retirada, auditada e, se de fato estiver traduzindo alguma irregularidade, seja devidamente explicitado, esclarecido, corrigido, e a urna, retirada”, disse a presidente do TSE.

O candidato a senador pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), denunciou que uma urna impedia o eleitor de concluir seu voto para presidente em Bolsonaro, com o sistema remetendo a escolha para o adversário do PT.

Sobre o vídeo, a presidente do TSE  informou que a ocorrência foi encaminhada ao final da manhã para o TSE, no entanto, ela reforçou que o uso de celular na cabine de votação é  proibido e passível de crime eleitoral. Segundo a presidente, a Polícia Federal já foi acionada para verificar a procedência do vídeo.

"Caso seja constada a existência dessa urna com defeito, ela será retirada e auditada para a irregularidade explicitada ser corrigida", declarou. 

Fraude

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais afirmou que o vídeo de fraude compartilhado é falso. O candidato divulgou um vídeo no Twitter, na manhã deste domingo (7), mostrando que ao apertar a tecla 1 aparece a foto de Fernando Haddad. 

"A informação falsa trata principalmente do voto para presidente, como se a urna não estivesse processando o voto. São utilizados diferentes modelos de urnas eletrônicas nas seções eleitorais em Minas Gerais, e a velocidade de processamento e posterior encerramento dos votos, após o eleitor apertar a tecla confirma, é diferente de acordo com o modelo da urna eletrônica", diz nota do tribunal.   

Durante a coletiva de impresa na sede do TSE, a ministra Rosa Weber defendeu a confiança que tem no sistema da urna eletrônica. "O mais importante é que nossa urna eletrônica é auditável. Nunca houve a constatação de fraude. Se ocorrer em qualquer dia essa fraude poderá ser constatada", defendeu".  

Até as 12h, autoridades contabilizavam 11 crimes contra candidatos e 108 prisões.