Pesquisa por "professora" no Google mostra como definição o termo "prostituta"; empresa explica
Quando a pesquisa é feita com o sexo oposto, os resultados mudam
O significado da palavra “professora” em pesquisa no Google causou estranhamento em internautas nesta semana. A busca mostra duas definições para o termo, e a segunda delas foi a que causou polêmica.
O primeiro resultado diz que professora é a "mulher que ensina ou exerce o professorado", o que ilustra bem a função da profissional. Já a segunda definição diz que o termo se refere à "prostituta com quem adolescentes se iniciam na vida sexual".
Quando a pesquisa é feita com o sexo oposto, os resultados mudam. Os significados que aparecem na busca mostram que “professor” é "aquele que professa uma crença, uma religião" e "aquele que ensina, ministra aulas (em escola, colégio, universidade, curso ou particularmente); mestre".
Explicação
Para mostrar o significado das palavras buscadas, o Google terceiriza a busca, ou seja, faz uso de dados de dicionários parceiros. Nesse processo, mais de um fornecedor de conteúdo é utilizado.
Segundo o próprio Google, em resposta ao Canaltech, os parceiros destacam “usos coloquiais que podem causar surpresa”. A empresa ainda diz que não tem “controle editorial” sobre as definições fornecidas por terceiros “que são os especialistas em linguagem”.
“Por isso, trabalhamos para licenciar conteúdos de dicionários parceiros, que são exibidos diretamente na Busca. Os resultados incluem. Reconhecemos a preocupação neste caso e vamos transmiti-la aos responsáveis pelo conteúdo", prossegue.
De fato, outros dicionários também trazem o uso conotativo da palavra. É o caso do Michaelis e do Aulete, como se pode conferir na imagem abaixo:
