Morre cachorro que atuou nas buscas em Brumadinho; Corpo de Bombeiros lamenta

A morte ocorreu no sábado (26), mas foi divulgado nesta segunda (29) pela corporação

Escrito por Redação ,
Legenda: A corporação diz que "Thor nunca foi considerado como apenas um cão e, sim, como um Bombeiro Militar que verdadeiramente era”
Foto: Corpo de Bombeiros MG/Divulgação

Com histórico em operações de resgate, o cão Thor, que atuou em Brumadinho, morreu aos 5 anos e 2 meses. O animal da raça border collie teve uma infecção generalizada relacionada a um quadro de pancreatite e não resistiu. Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, ele estava recebendo tratamento veterinário desde o início dos sintomas. As informações são do G1.

A morte ocorreu no sábado (26), mas só foi divulgado nesta segunda (29) pela corporação. O laudo de óbito apontou que houve uma ruptura do intestino delgado na porção do duodeno, causado pela presença de um corpo estranho, que resultou em hemorragia abdominal. 

Além da pancreatite, o cão também sofria de leishmaniose — doença infecciosa causada por protozoários parasitas transmitidos pela picada de alguns insetos, entre eles o mosquito-palha.

No histórico de operações de resgate de que Thor participou, além de Brumadinho, está o rompimento de uma barragem da Samarco, em Mariana (MG), em 2015; o desaparecimento de Eric Welterlin, esportista francês, no pico do Marins; e o desabamento de prédios no bairro Mantiqueira, em Belo Horizonte.

Em nota, o Corpo de Bombeiros lamenta a morte do cachorro. “O Thor nunca foi considerado como apenas um cão e, sim, como um Bombeiro Militar que verdadeiramente era”.

Desastre em Brumadinho
A utilização de cães farejadores em operações de resgate é comum por parte da corporação. Com o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, a participação de animais como Thor nas buscas foi essencial. 

Os Bombeiros de Minas exaltam a importância da participação de cães farejadores na ação: “graças à atuação dele, inúmeras famílias puderam ter seus entes queridos localizados e velados”. “Thor era considerado uma referência nacional na localização de pessoas desaparecidas”, diz a nota.

Em decorrência do rompimento da barragem Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Minas Gerais, 252 pessoas morreram. O último corpo de vítima do desastre em 25 de janeiro deste ano, foi encontrado no dia 19 de outubro. Outras 19 pessoas seguem desaparecidas. Os bombeiros continuam buscas pela região.