Ibope: Bolsonaro tem 26%; Ciro, 11%; Marina, 9%; Alckmin, 9% e Haddad, 8%

O candidato do PSL é o mais rejeitado, de acordo com a pesquisa

Escrito por Estadão Conteúdo ,

Depois do atentado em Juiz de Fora (MG), o candidato Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos nas intenções de voto para a Presidência nas eleições 2018, segundo levantamento Ibope divulgado na noite desta terça-feira, 11. Bolsonaro mantém a liderança da disputa, agora com 26% - na pesquisa anterior, do dia 5 de setembro, tinha 22%.

Atrás do presidenciável do PSL aparecem Ciro Gomes (PDT), com 11% - oscilação de um ponto para baixo em relação ao último levantamento - e Marina Silva (Rede), que caiu três pontos e aparece com 9%. Geraldo Alckmin (PSDB) segue com 9%, mesmo porcentual da pesquisa anterior. Já Fernando Haddad (PT), oficializado nesta terça-feira, 11, como candidato petista no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (condenado e preso na Lava Jato) oscilou dois pontos para cima e registrou 8% das citações no cenário estimulado - ou seja, quando os nomes dos candidatos são disponibilizados ao eleitor consultado pelo instituto.

Bolsonaro foi atacado na última quinta-feira, 6, enquanto participava de uma caminhada em Juiz de Fora (MG). Os entrevistadores do Ibope foram a campo entre o sábado, 8, e a segunda-feira, 10, período que coincidiu com um aumento expressivo da exposição do candidato do PSL nos meios de comunicação.

O levantamento também captou os efeitos de pouco mais de uma semana de exibição do horário eleitoral gratuito. Apesar de ser o detentor de quase metade do tempo de propaganda no rádio e na TV, Alckmin não cresceu em comparação com a pesquisa anterior.

Considerando a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, Ciro, Marina, Alckmin e Haddad estão tecnicamente empatados na segunda colocação. Atrás deles aparecem empatados, todos com 3%, Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo). Dada a margem de erro, os candidatos Cabo Daciolo (Patriota) e Vera Lucia (PSTU), com 1%, e Guilherme Boulos (PSOL), João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC), que não pontuaram, também estão empatados com Dias, Meirelles e Amoêdo.

Na intenção de voto espontânea, em que os entrevistadores não apresentam a opção de nomes dos candidatos, Bolsonaro aparece com 23%, subindo seis pontos em relação à última pesquisa. Lula foi citado por 15% dos entrevistados, uma queda de sete pontos em comparação ao dia 5 de setembro. Ciro aparece com 5%, Haddad, 4%, Alckmin, 4% e Marina, 3%. Amoêdo tem 2% das intenções de voto; Alvaro Dias e Henrique Meirelles têm 1%. Outros candidatos não pontuaram; 18% dos entrevistados disseram que votariam em branco ou nulo e 21% não souberam responder ou preferiram não opinar.

Rejeição

A rejeição de Bolsonaro caiu três pontos porcentuais em relação à última pesquisa e está em 41%. Marina oscilou negativamente dois pontos e registra 24% de rejeição (ela tinha 26%). A rejeição a Ciro caiu três pontos, de 20% para 17%. Haddad manteve o mesmo patamar, com 23%. Alckmin teve queda de três pontos porcentuais, de 22% para 19%. Henrique Meirelles, Cabo Daciolo, Eymael, Guilherme Boulos e Vera apresentaram o mesmo porcentual: 11%. Empatados tecnicamente com estes candidatos aparecem João Amoêdo (10%) e Álvaro Dias (9%). João Goulart Filho tem 8% de rejeição. Os eleitores que poderiam votar em todos candidatos somaram 2%; não souberam ou preferiram não opinar, 11%.

Cenários para segundo turno

Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro teria 37% em uma disputa direta com Ciro, que alcançaria 40% - o que configura empate técnico. Também haveria empate com Alckmin (38% para o tucano, 37% para o militar da reserva) e Marina (38% a 38%). Contra Haddad, o placar pró-Bolsonaro seria de 40% a 36% - um empate no limite da margem de erro, o que significa que são muito maiores as probabilidades de o candidato do PSL estar à frente.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 10 de setembro. Foram realizadas 2.002 entrevistas com eleitores de 145 cidades. A margem de erro estimada é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral. A pesquisa foi contratada por IBOPE Inteligência Pesquisa e Consultoria LTDA e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR05221/2018.