Grupo que escondeu armas usadas na morte de Marielle Franco é alvo de mandados de prisão

Os mandatos são cumpridos contra o policial Ronnie Lessa, acusado de participar do homicídio, sua mulher, seu cunhado e outros dois suspeitos

Escrito por Agência Brasil ,
Legenda: Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos em março de 2018, no Rio de Janeiro
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem, nesta quinta-feira (3), cinco mandados de prisão contra suspeitos de participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em março do ano passado. Um dos mandados tem como alvo o policial reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram as vítimas.

Os outros alvos são a mulher de Ronnie, Elaine Lessa; o cunhado dele, Bruno FigueiredoMárcio Montavano e Josinaldo Freitas. Eles são acusados de obstrução de Justiça, porte de arma e associação criminosa.

Segundo a Polícia Civil, o grupo teria ocultado armas usadas no crime, entre elas a submetralhadora HK MP5, que teria sido utilizada para matar Marielle e Anderson.

Armas foram jogadas no mar

De acordo com as investigações, em março deste ano, dois dias depois das prisões de Ronnie e do ex-policial Élcio de Queiroz, outro acusado de matar Marielle e Anderson, o grupo teria jogado as armas no mar. Sob o comando de Elaine Lessa, conforme a polícia, o armamento foi descartado próximo às ilhas Tijucas, na altura da Barra da Tijuca.

Para a Polícia, Montavano tirou uma caixa com armas de um apartamento no bairro da Pechincha, na zona oeste do Rio, levou-a até Freitas, que havia contratado o serviço de um taxista para transportá-la até o Quebra-Mar, de onde saiu o barco que levou o material até o oceano.

Já Bruno Figueiredo é acusado de ajudar Montavano na execução do plano. Com o auxílio de mergulhadores do Corpo de Bombeiros e da Marinha, foram realizadas buscas no local, mas nada foi encontrado. A profundidade e as águas muito turvas dificultaram o trabalho, segundo a Polícia Civil.