Ex-mulher de executivo da Friboi assassinado é condenada a indenizar filho do casal

A mulher pode pagar até R$ 3 milhões de indenização ao filho; ela está presa desde 2016 por ter sido mandante do assassinato do ex-marido

Escrito por Redação ,
Legenda: Giselma Carmem Campos Carneiro Magalhães com o empresário da Friboi Humberto Magalhães. Mulher foi mandante do assassinato do ex-marido.
Foto: Foto: Reprodução GloboNews

A ex-mulher do executivo da Friboi Humberto Magalhães, assassinado em 2008 por pistoleiros, foi condenada pela Justiça a pagar indenização por danos morais e materiais de até R$ 3 milhões ao filho do casal. A mulher foi presa em 2016 por ter sido mandante do assassinato. 

Giselma Carmem Campos Carneiro Magalhães levou a polícia a suspeitar de envolvimento do filho no assassinato do pai, segundo informações publicadas pelo portal G1. 

A juíza Andrea de Abreu e Braga, da 10ª Vara Cível do Fórum Central Cível de São Paulo afirmou que Giselma terá de pagar ao filho, Cadu, indenização por danos materiais, em valor a ser calculado, baseado nos salários do empresário morto.  

A juíza entendeu que a mãe tirou do filho, com 17 anos na época do crime, o pai que lhe dava sustento financeiro. Cadu teria direito a receber ajuda material do pai até os 24 anos. 

O pedido de indenização feito pelo advogado do rapaz, hoje com 28 anos, sugere o valor de R$ 3.143.555,02. 

O advogado defende que a indenização chegaria a R$ 5 milhões se fossem levados em conta correção e juros calculados por ele. 

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Giselma. 

O crime  

O diretor-executivo Humberto Magalhães tinha 43 anos quando foi morto a tiros por um motociclista no dia 4 de dezembro de 2008, na rua da Vila Leopoldina, próximo à residência onde morava com a família.  

As investigações mostraram que a Giselma, com ajuda do irmão, contratou pistoleiros para matar o ex-marido. Apesar de viverem na mesma casa, o casal não vivia mais uma relação matrimonial, no entanto, a mulher se recusava a assinar o divórcio. 

No dia do assassinato, os criminosos atraíram o empresário ao local do crime por meio de uma ligação afirmando que o filho do casal, o Cadu, teria passado mal e estava precisando de ajuda. 

Humberto Magalhães foi morto com dois tiros. 

Mesmo presa, a ex-mulher, atualmente com 55 anos, recebe uma pensão mensal no valor de R$ 6 mil após a morte do ex-marido. Os dois eram casados em comunhão universal de bens e ela tem direito legal à metade do patrimônio deixado pelo empresário. 

Assuntos Relacionados