Com sistema unificado, Fies terá número limitado de vagas

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, as mudanças devem valer a partir do segundo semestre deste ano; atualmente não existe nenhum critério divulgado para concessão de vagas

Escrito por Redação ,

O Fies, maior programa de financiamento estudantil no Brasil, terá mudanças em sua concessão de recursos. Atualmente, quase 2 milhões de alunos integram o programa.

Um novo sistema unificado on-line será o responsável por limitar a quantidade de financiamentos que serão concedidos em cada curso e faculdade. A diferença é que atualmente não existe nenhum limite divulgado para a concessão destas vagas. Nenhum critério foi anunciado oficialmente ainda, mas o governo Dilma já busca estratégias em meio à crise orçamentária.

Já neste ano, alguns obstáculos, como um teto para as mensalidades, vêm dificultando as inscrições em algumas instituições. A previsão, segundo o jornal Folha de S. Paulo, é de que uma mudança geral no Fies seja aplicada no segundo semestre de 2015.

Em entrevista ao jornal, o secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Claúdio Costa, contou que a decisão de criar um sistema unificado para o Fies baseado no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) já foi tomada. Desta forma, a verba do Orçamento será a primeira regra para definir a quantidade de vagas no programa.

Também serão levados em conta os critérios de qualidade, que levarão em conta a nota dos cursos, e proporcionalidade, que irá analisar a quantidade de alunos que já pediram financiamento para determinado curso.

Despesas

Em 2010 o total de alunos beneficiados pelo Fies era de 76 mil, número que passou para 1,9 milhão em 2014. Já os custos do Governo Federal pularam de R$ 1 bilhão para R$ 14 bilhões.

O aluno que se increve no programa tem as mensalidades custeadas pelo governo em uma insituição privada. Logo após a formatura, o valor gasto é restituído aos cofres da União.

O Ministério da Educação reconheceu que parte das mudanças também são devidas as restrições orçamentárias no país. A partir de agora, a União fará oito pagamentos às faculdades em 2015, não 12 como fazia anteriormente.