Brumadinho acorda com alarme de aviso sobre possível novo rompimento de barragem

Uma das áreas prioritárias é Parque da Cachoeira, onde há 25 casas em risco

Escrito por FolhaPress ,

Um alarme de aviso sobre rompimento de barragem soou no início da manhã em Brumadinho (MG), às 5h30. Segundo o Corpo de Bombeiros, porém, a quarta barragem da Vale, que apresentava risco, ainda não rompeu. A sirene foi disparada porque técnicos avaliaram que havia risco iminente de rompimento. 

As forças de segurança informaram que a tropa está preparada para iniciar a evacuação de áreas de risco, próximas ao leito do rio Paraopeba e às áreas já atingidas por lama. A ideia é levar as pessoas para áreas mais altas das comunidades.

A barragem é composta por água e estava sendo drenada pela Vale para diminuir o risco de rompimento. Entre 20h de sábado (26) e 4h deste domingo, os resgates foram interrompidos para que a drenagem fosse intensificada. O volume de água a ser drenado nesse período  e que portanto desceria pelo rio Paraopeba era o triplo do que o normal.

 As comunidades Tejuco e Córrego do Feijão serão evacuadas. "Como medida preventiva, a comunidade da região está sendo deslocada para os pontos de encontro determinados previamente pelo Plano de Emergência", informou a Vale em nota.

Os bombeiros informaram que deverão ser evacuadas 350 pessoas. As famílias serão levadas para a parte mais alta do núcleo urbano ou deslocadas para outras localidades na região de Brumadinho.

Os trabalhos de resgate estão suspensos, já que todo o efetivo do Corpo de Bombeiros está empenhado na evacuação. Uma das áreas prioritárias é Parque da Cachoeira, onde há 25 casas em risco.

Oficialmente, a lista de mortos chegou a 37 pessoas, segundo os Bombeiros. Ao menos 256 continuavam desaparecidos, ainda de acordo com a corporação.
Foram resgatadas 192 pessoas, das quais 23 estão hospitalizadas.

O rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho liberou 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos, que entraram no rio Paraopeba. A estimativa é a de que esse volume represente um quarto do que foi liberado no acidente com a barragem de Fundão, em Mariana, que pertencia à Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton. Outras duas barragens transbordaram.