Bolsonaro quer que ex-assessor do filho explique movimentações atípicas

O presidente sugeriu que os valores transferidos entre os assessores foram de baixo valor, ressaltando que as movimentações mais altas aconteceram com a mulher e as duas filhas

Escrito por Redação ,

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou a jornalistas no início da tarde deste domingo (9) que Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), deve explicações sobre as movimentações financeiras atípicas identificadas em relatório do Coaf. Segundo relatório do do órgão, Fabrício teve movimentação atípica de R$ 1,2 milhão entre janeiro 2016 e janeiro do ano passado

O Coaf citou repasses entre Fabrício e outros assessores do senador eleito. Questionado se vê isso com naturalidade, o presidente disse: "Ele tem que explicar, pode ser, pode não ser".

Ainda assim, Bolsonaro sugeriu que os valores transferidos entre os assessores foram de baixo valor, ressaltando que as movimentações mais altas aconteceram com a mulher e as duas filhas. "Um ao longo de um ano transferiu R$ 800. O outro transferiu R$1.5 mil, poxa". O presidente eleito voltou a dizer que não conversou com o ex-assessor, de quem é amigo há décadas.

Bolsonaro falou à imprensa em frente à sua residência na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Ele disse ainda que deseja uma urna eletrônica que, em caso de desconfiança, permita a comprovação do voto.

Sobre atritos no partido, inclusive, com participação do seu  filho Eduardo Bolsonaro, o presidente eleito minimizou. "Três ou quatro deputados se digladiando ali. O resto, 90%, está sem problemas. Até porque, se não me engano, são 48 deputados novos. Eles não conhecem Brasília", disse.

Bolsonaro também reforçou que até o dia 19 de janeiro não fará nova cirurgia. Ele afirmou que a data ainda será estudada, pois quer ir ao Fórum Econômico Mundial, que acontecerá em Davos, na Suiça, dos dias 22 a 25 de janeiro.