Autor do ataque à igreja de Campinas cita em diário chacina de Cajazeiras, no Ceará

Polícia apreendeu material escrito, documentos e computador na casa do atirador.

Escrito por Redação ,

O autor do ataque à Catedral Metropolitana de Campinas, em São Paulo, citou em um diário a chacina em que 14 pessoas foram mortas no Ceará em 27 de janeiro de 2018, no Bairro Cajazeiras, considerada a maior do estado. O diário foi encontrado pela Polícia Civil nesta quarta-feira, 12, e faz referência também a "Realengo" - mantança de 11 pessoas em uma escola do bairro carioca em 2011 -, de acordo com informações do portal G1, que teve acesso ao material. O atirador disse ainda que era perseguido.

Em uma página com data de 31 de janeiro, o atirador faz referência a "massacre dias atrás" e diz que uma pessoa o provocou sobre o assunto. "Passei com meu cão em frente a uma construção ao lado da casa Q. Os moradores tem (sic) uma veterinária e uma delas gritou com 'as paredes': 'E aí Ceará', sobre o massacre ocorrido dias atrás. Ok. Hj (sic), 31/01/2018 passei por lá e falei alto com o celular desligado na orelha. E aí Realengo", diz um trecho do diário.

Euler Fernando Grandolpho, 49 anos, entrou na Catedral de Campinas, no Centro da cidade, e atirou contra fiéis dentro da igreja no fim de uma missa por volta do meio-dia desta terça-feira (11). Ele matou quatro pessoas e se matou.  Grandolpho portava uma pistola 9 mm e um revólver.

A Polícia Civil apreendeu na casa de Euler, além do diário, documentos e um computador. 

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Maior chacina do Ceará

O atirador fez referência à Chacina de Cajazeiras, que teve 14 pessoas assassinadas dentro de um clube de forró. Na madrugada do dia 27 de janeiro, três carros com homens fortemente armados chegaram ao popular "Forró do Gago" e realizaram vários disparos contra jovens que estavam no local. Os tiros vitimaram 14 pessoas, a maioria mulheres.

No total, 15 pessoas foram denunciadas por atuação na matança. Na denúncia, o Ministério Público denunciou que os acusados são membros da facção criminosa GDE. O órgão acusador pede a pena de 732 anos de prisão para o mandante do crime

 

 

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