Justiça mineira nega habeas corpus a investigados por rompimento de barragem em Brumadinho

Para o Ministério Público de Minas (MP-MG), não foi acidente, mas "crime doloso" (com intenção) e, por isso, é preciso investigar até a cúpula da Vale.

Escrito por Agência Estado ,

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou, nesta quinta-feira (21), habeas corpus para os oito funcionários da Vale investigados no processo de rompimento da barragem da empresa em Brumadinho presos na sexta-feira (15). A decisão é do desembargador Marcílio Eustáquio Santos, da 7ª Vara Criminal. Para o Ministério Público de Minas (MP-MG), não foi acidente, mas "crime doloso" (com intenção) e, por isso, é preciso investigar até a cúpula da Vale.

As prisões dos oito funcionários da Vale ocorreram em Belo Horizonte, Itabira (MG) e Rio de Janeiro (RJ), como parte das investigações do rompimento da barragem de Brumadinho. As acusações incluem "conluio" para esconder informações sobre o reservatório. Além disso, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, um deles na sede da empresa. Uma das linhas de apuração envolve descobrir quem detinha informações sobre a barragem antes do rompimento.

A força-tarefa que investiga o rompimento da barragem ouviu dois dos últimos presos que tiveram habeas corpus negado hoje. Segundo o Ministério Público Estadual, prestaram depoimento Joaquim Pedro de Toledo e Alexandre de Paula Campanha.

Os funcionários da mineradora estão presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte. As funcionárias estão no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na capital.

Os funcionários da Vale presos são: Artur Bastos Ribeiro, Marilene Christina Oliveira de Assis Araújo, Cristina Heloiza da Silva Malheiros, Renzo Albieri Guimarães Carvalho, Joaquim Pedro de Toledo, Alexandre de Paula Campanha, Hélio Márcio Lopes de Cerqueira e Felipe Figueiredo.