Imprensa estrangeira tenta decifrar pleito no País

Escrito por Redação ,

São Paulo. A polarização da eleição no Brasil tem chamado a atenção da imprensa estrangeira na reta final da campanha. As publicações apontam os holofotes especialmente para Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas, e tentam explicar seu crescimento entre o eleitorado.

Em editorial publicado ontem, o jornal britânico "The Guardian" afirma que Bolsonaro é um risco à democracia brasileira e que compará-lo ao presidente americano, Donald Trump, seria "bondade demais".

"Ele elogia torturadores e a ditadura militar. Ele defendeu recentemente que seus opositores fossem fuzilados. Sua intolerância é retratada como 'honestidade'", aponta o jornal.

O periódico britânico se junta a dezenas de outras publicações que tentam traduzir - e decifrar - a campanha presidencial brasileira. A lista inclui jornais de Alemanha, Argentina, África do Sul, Áustria, Austrália, Chile, Espanha, EUA, França, Holanda, Índia, Itália, México, Moçambique, Peru, Portugal, Polônia, Catar, Reino Unido e Suíça.

Jornais franceses também dedicaram artigos críticos ao capitão reformado. O "Le Figaro" diz que a campanha do deputado seduz um a cada cinco brasileiros, cansados da corrupção na política, da violência nas ruas e da interminável crise econômica com desemprego em massa. Afirma ainda que Bolsonaro gosta de se comparar a Donald Trump.

O "Le Monde" coloca Bolsonaro como um "patriota" que ganhou atenção defendendo Deus, a família e falando da ditadura militar de 1964. O "Libération" também aponta o desânimo da população com os casos recentes de corrupção pelo crescimento de Bolsonaro. Para o periódico, Bolsonaro pode liquidar a democracia, se for eleito.

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