Ciro minimiza pesquisas: 'são retratos de momento'

Escrito por Redação ,
Legenda: Ciro Gomes esteve, ontem, em Guarulhos (SP), caminhando pelo calçadão, onde bateu papo com moradores sobre seus planos
Foto: Foto: Reprodução do Instagram

Guarulhos/S. Paulo. O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, se esquivou, ontem, de fazer maiores comentários sobre o resultado da pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira (20), que o mostra em um dos cenários tecnicamente empatado com Marina Silva (Rede), em segundo lugar.

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"Nesta e para todas as outras vale o mesmo. Pesquisa é retrato de momento, mas a vida é filme, não retrato", afirmou Ciro, em agenda com candidatos a deputado pelo PDT, em Guarulhos.

"O povo brasileiro está gradualmente se ligando na política. É muito justo que o povo olhe a política com muita desconfiança neste momento", disse o candidato. No cenário sem o ex-presidente Lula (PT), a pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo mostra Ciro com 9%, em empate técnico com Marina (12%). Jair Bolsonaro (PSL) lidera com 20%. Com o petista na disputa, o pedetista marca 5%. O presidente do PDT, Carlos Lupi, não escondeu o entusiasmos. "É bom. Aos pouquinhos a gente chega lá", disse.

Controvérsia

Ontem, Ciro contradisse a candidata a vice, Kátia Abreu, e afirmou que ambos são contrários à Reforma Trabalhista.

"O que ela quis dizer é que vamos revogá-la (a reforma)", afirmou, em evento, em Guarulhos, com candidatos a deputado do PDT e com o postulante ao governo paulista, Marcelo Cândido. "Isso (de ser favorável à Reforma Trabalhista) foram vocês (jornalistas) que disseram".

Na segunda (21), Kátia disse que era um "mito" que Ciro seja contrário à Reforma Trabalhista. "Ninguém vai fazer uma revolução sobre isso. A gente não vai retroagir na questão do imposto sindical, por exemplo. Mas retroagir em normas que foram aprovadas para o bem, absolutamente", afirmou.

"Como ela pode ser favorável se votou contra?", questionou Ciro. No evento, Kátia explicou que votou contra o projeto pela forma como foi feito.

"A base de Temer não queria votar a reforma no Senado e só fez quando (Romero) Jucá apresentou os oito pontos. O que a gente quer é discutir mudanças, para início de conversa".