Bruno é condenado pela morte de Eliza Samudio

Escrito por Redação ,

A ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues foi absolvida. A defesa dele já anunciou que irá recorrer da decisão

Contagem (MG). O goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, em regime fechado, pela morte da ex-amante Eliza Samudio. A decisão foi divulgada na madrugada de hoje, após o 4º dia de julgamento. No seu último depoimento, o goleiro havia dito que não mandou, mas que ‘aceitou’ que ela fosse morta. A ex-mulher dele, Dayanne Rodrigues, acabou sendo absolvida.


Segundo os advogados, Bruno lamentou bastante a notícia da condenação, porém não chorou, como fez em alguns momentos do Júri Foto: Divulgação/TJ-MG

A decisão do Júri, no caso do ex-goleiro do Flamengo, foi atendendo ao pedido do Ministério Público, nos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e sequestro. Após o julgamento, os advogados dele informaram que irão recorrer da sentença.

Tráfico

Durante o Júri, o promotor do caso, além de pedir a condenação de Bruno, ainda tentou ligar o ex-atleta ao tráfico de drogas.

Ontem, o dia começou com um pedido de reinterrogatório feito pela defesa dos réus. Dayanne apenas confirmou que recebeu telefonemas do então policial José Lauriano de Assis, o Zezé, orientando sobre para quem deveria entregar o filho de Eliza e Bruno quando tiveram início as investigações. Segundo Dayanne, Zezé agia por ordem de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, braço direito de Bruno, e condenado em novembro pelo assassinato.

Dayanne contou também que tinha e tem medo do hoje ex-policial. “Pelo que Bruno falou, minhas filhas correm risco. Tinha medo e estou com medo agora, tanto dele (Zezé) quanto do Macarrão”, declarou. Bruno, por sua vez, afirmou que “sabia e imaginava” que Eliza seria morta. Em depoimento, o goleiro já havia assumido que a ex-amante foi assassinada e que “aceitou” e “se beneficiou” do crime, mas ressaltou que só soube do homicídio, após o ocorrido, tendo atribuído o crime a Macarrão e ao ex-policial Civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

Ontem, em nova declaração, no julgamento, alegou que sabia que Eliza ia morrer “pelas constantes agressões” de Macarrão contra a moça e “pelo fato de ele ter entregado dinheiro para ela”, diante dos constantes pedidos.