Alckmin capitaliza delação de Palocci

Escrito por Redação ,
Legenda: Tucano Geraldo Alckmin criticou Jair Bolsonaro (PSL), dizendo que ele votou contra o Plano Real
Foto: AFP

Brasília. A campanha do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, levou para a TV, no programa eleitoral ontem à noite, as revelações da delação do ex-ministro Antonio Palocci, que envolve uma série de integrantes da cúpula do PT em crimes relacionados ao esquema de corrupção da Petrobras.

O tucano manteve as críticas que tem feito ao presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro. A seis dias da eleição, Alckmin lançou a campanha "Eles não!". O presidente nacional do DEM, ACM Neto, avaliou que o programa, ao abordar as confissões de Palocci, reforça o discurso antipetista da campanha de Alckmin.

"A delação de Palocci comprova tudo que se falava. Vamos mostrar que apenas o Geraldo tem condições de vencer o PT no segundo turno. Estamos firmes com Geraldo até o fim", disse ACM Neto.

Na propaganda, o locutor se refere à delação como um "escândalo" e diz comprovar que o ex-presidente Lula "sabia de tudo". "Um País feliz de novo, só se for para os corruptos. Se o PT voltar, a corrupção vai continuar", diz o narrador. Em seguida, a vice na chapa, senadora Ana Amélia (PP-RS), reforça o discurso.

"Se você não quer o PT de volta, o voto certo é Geraldo Alckmin", diz ela, afirmando que somente o tucano terá apoio no Congresso e, por isso, terá condições de governabilidade.

No programa, são feitas críticas tanto ao PT como a Bolsonaro, afirmando que os dois lados votaram contra o Plano Real e que ambos querem uma nova Constituição. Alckmin encerra a sua propaganda com o pedido de que o País não escolha "o caminho da intolerância" no próximo domingo (7).

Palocci afirma, em delação, que as duas últimas campanhas presidenciais do PT, que elegeram e reelegeram a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, teriam custado juntas R$ 1,4 bilhão, mais do que o dobro dos valores declarados.