Afastamento de Mourão é defendido no meio militar

Escrito por Redação ,

Rio de Janeiro. Entre assessores próximos de Bolsonaro, o entendimento é que o general Hamilton Mourão não age por "deslealdade" ou por "conspiração", mas por "ingenuidade política". Apesar de causar mal-estar, nenhum integrante da campanha disse que a escolha de Mourão possa ter sido um erro em razão de seu protagonismo enquanto Bolsonaro está internado.

Uma possível substituição também não foi cogitada na campanha. Segundo a legislação, são válidas substituições de candidatos somente se o pedido for apresentado até 20 dias antes da eleição, exceto em caso de falecimento de candidato, quando a substituição pode ser efetuada a qualquer momento.

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Entre generais do Exército, entusiastas de Bolsonaro, a nova polêmica envolvendo Mourão foi considerada "horrível", "desnecessária" e "desastrosa". Eles passaram o dia discutindo sobre a necessidade de Mourão afastar-se da campanha, já que, no entendimento deles, o vice está "atrapalhando" a candidatura.

Ontem, a equipe médica do hospital Albert Einstein decidiu que Bolsonaro permanecerá mais um ou dois dias internado para continuar um tratamento prolongado de antibióticos. A alta estava prevista para hoje. Os médicos informaram que foi constatada uma infecção bacteriana, diagnosticada após a retirada do cateter.

Agressor

Já o Tribunal Regional da 3ª Região concedeu liminar em mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MS) e determinou a suspensão da realização de entrevistas com Adélio Bispo dos Santos, autor do atentado contra Bolsonaro.

O mandado de segurança foi impetrado contra decisão de um juiz, que autorizava a entrada de repórteres para realização de entrevistas com Adélio. O MPF defendeu que a realização de entrevistas acarretaria risco à segurança da unidade penitenciária e impactos no cenário eleitoral.