Violência contra a mulher

A história se repete. Mais uma vez a violência contra a mulher vira notícia. No caso mais recente os traços são muitos semelhantes a vários outros: uma mulher espancada dentro da sua própria casa. As estatísticas de violência doméstica são absurdas, mas mesmo com toda a divulgação desses casos, elas não cessam e torna-se cada vez mais evidente: a violência tem traumatizado e vitimado muitas mulheres.

Porém, frente a esse problema, surge uma questão: o que faz uma pessoa cometer uma agressividade contra a outra nesse nível? É uma surto psicótico, uma cultura machista, uma violência que vem transmitida de pai para filho? E acaba sendo investido contra as mulheres? Essas questões precisam ser levadas em consideração.

Limpar o machucado depois que ele acontece não vai resolver. Porque esse machucado, muitas vezes, é letal e após isso não há mais o que ser feito por aquela pessoa que se foi. O que tem que ser feito é evitar que alguém tenha vontade de machucar. É cuidar para que ninguém se permita se colocar no lugar de receber um ato agressivo. É cuidar do agressor e cuidar de quem foi agredido. Esse é o ponto chave. Cuidar de uma relação abusiva é cuidar de uma codependência.

Muitas vezes, as mulheres que estão dentro de uma relação abusiva não conseguem se enxergar, e cabe aos que estão mais próximos, do lado de fora da situação, alertar sobre como aquele tipo de relação é inadmissível. Até quando se vai dizer que em "briga de marido e mulher ninguém mete a colher"? É preciso "meter" a colher sim, daqui a alguns anos a mulher que sofre neste tipo de relação vai perceber que o que você fez foi por puro cuidado, para evitar a morte dela ou outras consequências desastrosas.

É preciso ter mais empatia e, acima de tudo, percepção do que deve ser feito em situações como essas que, infelizmente, ainda são tão recorrentes.


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