Uma nova escola


Os tempos estão a exigir uma nova escola. Uma escola sintonizada com as conquistas da tecnologia. Muitas aulas serão mais facilmente assimiladas pelo alunato, quando as ferramentas eletrônicas forem usadas como auxiliares da aprendizagem, e não como substitutas do professor e do livro.

A velha escola e a antiga faculdade dotadas de professor "papai sabe tudo", com salas e cadeiras enfileiradas e alunos desmotivados - não terão como resistir ao choque do novo e do moderno.

Do contrário, cerrarão as portas, e os professores ficarão a repetir velhas ladainhas ou falando sozinhos. Tal como se observa na atividade laboral, onde nascem e morrem profissões, é preciso direcionar a nave educacional para novas dimensões e novas qualidades de desempenho, promovendo verdadeira revolução nos métodos de aprendizagem, e não apenas no modelo disciplinar, agora de inspiração castrense.

Em cursos mais avançados, o aluno poderá ser dispensado da presença física diária, evitando o deslocamento e o congestionamento do trânsito. Para tanto, terá ao seu dispor equipamentos eletrônicos de interação e de "presença", acessados no ambiente doméstico, de forma proativa, num sistema integrado envolvendo professores e alunos.

A escola presencial perderá força, excepcionando-se as creches e as escolas de primeiro grau, motivadoras da sociabilidade e provedoras da merenda escola, no caso das escolas da rede pública. A grade curricular será também impactada.

Decretar-se-á o fim da "decoreba" e muitas matérias deixarão de ser reprovativas, mas serão apenas ilustrativas. O estudo da Língua focará na leitura, interpretação de textos e redação. Fazer o aluno pensar e aprender a pensar, será a base primordial de todo o ensino.

O professor não será um ventríloquo a repetir velhas lições, mas um mediador do processo de aprendizagem nos diferentes graus de saber.


Eduardo Fontes
Jornalista e administrador


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