Tratamento da asma grave

A asma, chamada popularmente de "bronquite", é uma doença respiratória crônica ocasionada por inflamação nos brônquios capaz de obstruir o fluxo normal do ar que entra e sai dos pulmões. O mal atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo e, no Brasil, mais de 10% da população, de todas as idades.

Mesmo sendo uma doença tão comum, o tratamento ainda desafia o mundo científico, muito por conta de existir variações nas causas desencadeantes e um grande espectro dessas variantes. Neste cenário destaca-se a asma grave, que afeta pacientes que estão sob tratamento regular e não conseguem alcançar níveis controlados mesmo com altas doses de medicações. Isso resulta em hospitalizações frequentes, perda na qualidade do sono, de produtividade e de vida.

Ainda que a asma grave afete apenas 7% do total de pacientes, sendo estes principalmente adultos, cerca de 60% dos recursos utilizados no tratamento são direcionados a essa forma da doença, porque se não tratada corretamente, pode levar à morte. No Brasil, morrem 5 pessoas por dia por conta da asma.

O avanço do conhecimento científico trouxe a possibilidade de se oferecer uma terapia personalizada às características do portador de asma grave. Esse conceito, recorrente no tratamento de câncer, felizmente agora também pode ser aplicado às formas mais graves de asma.

Na última década, o lançamento de medicamentos imunobiológicos que atuam na causa da inflamação, e não nas consequências, está gerando mudanças positivas no tratamento da asma grave e na vida dos pacientes. A novidade mais recente foi o desenvolvimento de drogas que atuam diretamente nos eosinófilos - células inflamatórias muito comuns na inflamação da asma -, assim promovendo a terapia-alvo específica. Isso trouxe grandes chances de melhora para doentes mais graves que possuem sérias limitações das suas atividades e desejam superá-las.


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