Tragédia no Edifício Andrea: que o mundo nos ensine sobre efemeridade da vida sem tanta dor

Cheguei antes mesmo da divulgação dos números. Foram quase seis horas de cobertura. A cada nova informação meu coração ficava bem apertado.

Cenas que vão ser difíceis de serem esquecidas: um jovem correndo em busca de notícias da mãe, mas impedido pelo polícia de passar da área de isolamento para própria segurança, me senti um pouco daquele filho, angustiado; um entregador de aplicativo chorando copiosamente na calçada só de presenciar a cena, fui um pouco desse trabalhador, fez o que eu não podia fazer na hora; como não lembrar da mulher que mesmo não conhecendo ninguém do prédio, passou o tempo todo rezando, fui devoto como  essa senhora.

Coberturas jornalísticas não são fáceis, em casos  como esse, que percebemos a vida ainda mais frágil, o lado humano grita. Que as medidas cabíveis sejam tomadas aos responsáveis. Que nós sejamos solidários com essas vítimas. Que o mundo nos ensine sobre efemeridade da vida sem tanta dor.

Halisson Ferreira
Repórter


Assuntos Relacionados