Somos empreendedores sociais

Tivemos um momento ímpar no mundo, em que as empresas e empreendedores têm discutido fortemente os valores e o papel que têm na sociedade. Aqueles que trazem dentro de si esse sentimento de contribuição com o outro são pessoas vitoriosas. E essa sensação só é perene se a utilizarmos para fins ainda maiores, que ultrapassam os negócios.

Mas para mudar o planeta, temos que começar por nós. Platão já dizia: "Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo". Não é só criticar o que está posto, é se transformar, ir lá e fazer.

Acredito muito nisso. Hoje me considero um empreendedor social, principalmente depois que realizei o sonho de construir uma escola, cujo conteúdo de ensino é voltado para os valores humanos universais: paz, amor, verdade, retidão e não-violência. Iniciamos esse trabalho atendendo mais de 600 crianças, de 2 a 5 anos, em situação de vulnerabilidade social, na Esplanada do Araturi, em Caucaia.

E isso não é fácil. As peças do quebra-cabeça chegam soltas, você tem que montar e ficar benfeito, com planejamento, estatuto, manuais, entre outras medidas essenciais.

A escola faz parte do Complexo Educacional Myra Eliane. Um espaço de mais de 17 mil metros quadrados, equipado com o Centro de Formação Profissional Yolanda e Edson Queiroz, Centro de Etnias Zumbi dos Palmares, Areninha e todo um conjunto de equipamentos necessários para a formação de nossas crianças e oferecidos para utilização de toda a comunidade.

Trabalhamos na essência do ser humano. E, nos dez municípios onde temos esse modelo educacional já implantado, alcançamos resultados que me enchem de orgulho. Professores e pais relatam que os filhos estão mais amorosos, que entendem mais os colegas na escola e dividem esses valores em casa.

Diante de tudo isso que venho aprendendo nessa jornada como empreendedor social, chego à conclusão de que podemos participar de revoluções do bem. Isso depende exclusivamente de cada um de nós.


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