Sobre a reforma da Previdência

Já me pronunciei várias vezes quanto ao texto original da reforma da Previdência: sou contrário a ele da forma que está sendo sugerido.

Quem não se debruça sobre a proposta, analisa a Constituição Federal e faz um comparativo com as alterações que estão sendo indicadas, não entende a reforma oferecida.

Então, vamos lá!

Se começarmos pelo principal objetivo da reforma, que é o de equilibrar as contas e fortalecer o caixa da Previdência, por que o texto sugere acabar com a contribuição patronal, isentando o empresário dessa contribuição ao passo que a do trabalhador vai aumentar?

Sou contrário ao que foi proposto ao Benefício de Prestação Continuada - BPC, um auxílio prestado aos idosos acima de 65 anos e às pessoas com deficiência, no valor de um salário mínimo. O Governo está propondo reduzir a idade para 60 anos, no entanto, estabelece o valor irrisório de R$ 400, que é um absurdo.

Sou a favor da manutenção do tratamento diferenciado para mulheres, professores, agricultores, profissionais de segurança, guardas municipais, agentes de trânsito, bombeiros, agentes penitenciários e socioeducativos, categorias merecem uma atenção especial.

Meu posicionamento, portanto, é muito claro: sou contrário ao texto original da reforma e acredito que deve haver muitas mudanças na proposta original para que ela se torne viável aos brasileiros.

Por qual motivo o Governo Federal não cobra dos políticos ou dos grandes empresários? Eu, por exemplo, abri mão da minha aposentadoria de deputado estadual e federal. Por que o trabalhador tem que pagar a conta?

Votei sim no Governo Bolsonaro, mas não fui eleito deputado federal para dizer "amém" ao que o presidente disser. Tenho posicionamento e vou defendê-lo. Como parlamentar e, sobretudo, como cidadão brasileiro, reconheço a importância da Reforma da Previdência.


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