Saúde só com educação

O ministro da Saúde da Noruega, Jonas Gahr Store, como palestrante no Congresso Mundial de Hospitais, em Oslo, em 2013, surpreendeu aos presentes quando afirmou que o seu Ministério não é o maior responsável pela saúde da população. 

Entende que, quem cuida mesmo da saúde da população é o Ministério da Educação, que deve ensinar os hábitos com higiene, alimentação e educação física às crianças com idade escolar; o Ministério dos Transportes quando garante seguras condições de trânsito; o Ministério da Justiça, quando assegura que os cidadãos não sofrerão violência; e o Ministério da Fazenda, quando cria as condições para que cidadãos tenham formas adequadas de se sustentarem e de manter suas famílias também. 

Assim é determinante na formação do cidadão, como afirma Jonas Store, o papel da família, da igreja, comunidade, etc. Essas informações constam em um excelente artigo de Francisco Balestrin e Luiz Felipe Costa Milan, publicado no Estadão. E oportuno neste momento que se aproxima a posse de um novo governo brasileiro, como de Jair Bolsonaro. E estas sugestões do Ministro da Saúde da Noruega não podem ser desprezadas. Porque, e infelizmente, num Brasil, em que mais de 50 milhões de pessoas não têm saneamento básico e até água potável, a educação é de baixa qualidade, com triste índice de analfabetos e analfabetos funcionais. E ainda, com caótico nível de segurança pública e crescimento econômico, que nestas condições precárias e nada dignas de qualidade de vida, as doenças proliferam... E ternamente o foco no País, não pode ficar nas filas dos hospitais até sem leitos, sem médicos, sem equipamentos e remédios, ou nos precários postos de saúde. Precisamos de um banho de civilidade institucional para enfrentar celeremente, e com dignidade, esta doença crônica de governos relapsos! Somente assim teremos um povo saudável!


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