Retorno de Bolsonaro ao País

Após quatro dias de ausência, cumprindo missão oficial em Israel, o presidente Jair Bolsonaro retornou ao Brasil, adiando, para outra oportunidade, a transferência de nossa Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, em razão de descontentamentos diversos, que poderiam lhe trazer maiores incompreensões, identificáveis por setores credenciados, via Itamaraty.

É inegável que a mídia internacional comentou a presença do titular do Planalto naquela faixa geográfica, promovendo especulações que compeliram o visitante a postergar a postulada alteração diplomática, capaz de gerar desagrados, entre os árabes, também importantes parceiros no comércio exterior.

No regresso, entendeu de pessoalmente coadjuvar o trabalho de catequização do Congresso, visando uma melhor aceitação da Reforma da Previdência, sem a qual, as finanças públicas manter-se-iam desequilibradas, dentro de cálculos feitos e refeitos pelo Ministro Paulo Guedes e sua equipe, teóricos dessas articulações, assumidas, publicamente, de maneira especial, nos debates, na Câmara dos Deputados, em tom mais veemente, já que a oposição mostra-se arredia à implantação das novas preceituações, a exemplo do que se verificou no período presidencial de Michel Temer, em duas tentativas frustradas.

Pela passionalização de que se revestem as discussões, não é crível a aprovação de modificações até junho vindouro, embora o Executivo reclame celeridade, no trâmite de algo fundamental para a readequação orçamentária.

Se for ultrapassada a mobilização oposicionista na Casa, dirigida por Rodrigo Maia, é provável que no Senado o andamento dos debates e votações ocorra com mais agilidade, bem antes da apreciação da proposta de Orçamento para 2020.

Os nossos representantes mais experimentados costumam reprisar o adágio popular de que “a pressa é inimiga da perfeição”.