Retomada das atividades

Após o interregno de funcionamento das atividades normais, o Congresso Nacional retoma o cotidiano de seus encargos, pressionado pelo Poder Central, para acelerar o afã alusivo à reforma previdenciária, – tema para o qual convergem as atenções governamentais, na expectativa de que senadores e deputados cumpram a árdua missão de reduzir um déficit astronômico, que transcende as possibilidades do Erário, como se há comprovado, desde a passada gestão, quando Michel Temer buscou, sem sucesso, aprovar algo que reduzisse o saldo negativo de dimensão incalculável, incompatível com o potencial da máquina pública brasileira.

Quando, pessoalmente, o presidente Jair Bolsonaro fez questão, numa jogada hábil, de entregar a Mensagem do Executivo aos presidentes da Câmara e do Senado, naturalmente quis deixar claro o seu empenho em ver a matéria deslindada no menor espaço de tempo possível, sem as delongas que perduraram até agora, com infrutíferas intervenções do governo passado.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário Especial de Previdência, Rogério Marinho, mantêm-se vigilantes quanto ao trâmite da proposição, na esperança de que possíveis emendas não venham a descaracterizar o lineamento da proposta, concebida de estudos abalizados, que demandaram tempo bastante para dirimir dúvidas e achar soluções adequadas, que se coadunem com o orçamento do País.

Há quem vaticine que, em 70 dias, a matéria possa ser discutida e votada, nas duas Casas, com alterações que não desconfigurem o texto em seus aspectos cruciais, tudo ficando situado dentro dos padrões suportáveis do Tesouro, nos cálculos dos economistas responsáveis pela elaboração da palpitante temática.

Embora se deseje, firmemente, que o projeto seja debatido e votado, sem procrastinação, muitos repetem o adágio, segundo o qual “devagar se vai ao longe...”.


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