Reforma em trâmite senatorial

Ultrapassado o trâmite da Reforma Previdenciária na Câmara dos Deputados, num delongado processo de marcha e contramarchas, caberá, agora, ao Senado promover algumas mudanças que, ali, podem ser registradas, voltando à Casa de origem, para acertos definitivos, como preveem as normas regimentais.

Enquanto isso, os articuladores voltarão à liça, com argumentos convincentes, aprimorando, conclusivamente, a proposta do Executivo, com alterações oriundas da iniciativa parlamentar.

Ao iniciar-se a apreciação na Câmara, o próprio Primeiro Mandatário esteve no outro Poder, a cujos quadros ele pertencera, juntamente com este colunista, num entrosamento propiciado por uma comemoração religiosa que lá se processava, paralelamente aos efervescentes debates, entre favoráveis e contrários, à complexa proposição.

Já se proclama o êxito governista, embora algumas concessões hajam sido inseridas no texto original, o que passou a preocupar o Ministro Paulo Guedes, que tem refeito cálculos, buscando reposição em outras fontes de receitas, revitalizadoras de alguma redução, que por desventura tenha ocorrido no andamento da votação anterior.

O acolhimento por entre os deputados, graças à hábil articulação de Rodrigo Maia, não pode ser desfigurado no âmbito senatorial, já que o dirigente daquela Casa revisora, senador Davi Alcolumbre, tem-se esforçado para cumprir o prometido, em nome dos seus pares, ao próprio titular do Planalto.

Confia-se em que não emergirão incertezas no Plenário, que este articulista presidiu, em época passada, já que a ninguém interessa obstaculizar a reafirmação do que já foi assentado, dirimindo-se dúvidas que ainda possam remanescer, em tema de inquestionável relevância para o País.

Se é certo que houve um longo período na tramitação, poder-se-á reprisar a velha máxima de que “a pressa é inimiga da perfeição...”.