Prossegue a batalha da Previdência

Com a instalação da Comissão Especial, após manifestação da CCJ, a Câmara dos Deputados sequenciará as discussões em torno da proposição governamental, sob as vistas atentas da opinião pública, sequiosa por conhecer o deslinde da magna questão, de interesse vital para os rumos financeiros de uma Nação, que vem convivendo com déficits orçamentários incomensuráveis.

Baseado no assessoramento oficial, emanado do próprio Planalto, o Governo espera, confiante, um debate de real magnitude, onde diversas agremiações tentarão melhorar o texto, com emendas cabíveis ou não, objetivando aprimorar a proposta elaborada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Não remanescem dúvidas de que algo será acrescentado à redação primitiva, como soe acontecer na tradição parlamentar, fruto de entendimento entre os partidos, cada um tentando alterar o esboço inicial.

Na gestão passada, com Michel Temer, duas tentativas restaram infrutíferas, em que pese o esforço do deputado baiano Arthur Oliveira Maia, para que a matéria viesse a Plenário, a fim de que fosse discutida e votada, nos termos regimentais, para o devido encaminhamento à outra Casa do Congresso, no caso, o Senado.

Pela delicadeza acerca do assunto e sua repercussão no âmbito do Erário, a liderança situacionista manter-se-á vigilante, para evitar alterações capazes de tumultuar o anseio de regulamentação, todos convictos de que, até junho, o projeto esteja pronto para o veredicto dos 513 deputados, sempre imprevisíveis nas suas inclinações, quer favoráveis ou contrárias.

Espera-se, pois, que ao fim do primeiro semestre, despontem decisões adequadas, permitindo a Jair Bolsonaro respirar aliviado, certo de que o Senado não embargará o trâmite procedimental de tão palpitante temática.

E será o momento, à espera do Plenário, de se reprisar a sentença latina do "alea jacta est"...


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