Presidente compõe sigla nova

Com a formalização do novo Partido – Aliança pelo Brasil – fica acrescido o rol de agremiações, todas pressurosas em garantir número razoável de parlamentares e governantes, num somatório que agora se amplia, com a decisão de Jair Bolsonaro em congraçar lideranças de sua antiga facção, da qual se afastou com correligionários, em ambas as Casas do Parlamento.

Assumindo o próprio mandatário a coordenação da sigla, com diretrizes fundamentais para o êxito da administração, e pela sintonia que buscará entre Executivo e Legislativo, o quadro congressual será repaginado, remanescendo integrantes do PSL vinculados à nova legenda, tanto na Câmara dos Deputados, como no Senado.

Não haverá tempo para que a novel força dispute o pleito municipal, mas conscientizará o eleitorado para jornada decisiva, na futura competição, quando estarão em jogo as vagas de presidente, deputados estaduais e federais, governadores, além de senadores, estes, com a garantia de oito anos de mandato, posto sempre almejado, mesmo sendo mais difícil, por exigência de votação majoritária nas Unidades da Federação, atrelada à de Governo de Estado.

As providências burocráticas demandarão advogados das esferas legais, cumprindo requisitos da legislação, em todas as instâncias, desde os Tribunais Regionais ao TSE.

Entende-se, diante de tudo isso, que não será fácil ao dirigente de nossa Nação concentrar deliberações de menor relevância, transferindo-se a líderes nos estados a missão de ultrapassar embargos, assim garantindo o pleno funcionamento da bandeira a ser içada nos 5.570 municípios, além da própria sede do Governo, quando se reúnem as Convenções Nacionais.

Como as velhas “Maria Fumaça”, de nossa RVC, é preciso que, em nenhuma “curva do Itapaí” chegue a resfolegar nesta complexa transitoriedade, para contornar os meandros de refregas acirradas.

Mauro Benevides
Jornalista e senador constituinte