Girão reafirma luta contra o aborto

O senador Eduardo Girão (Podemos) era um dos dois mil participantes da Marcha pela Vida, no último sábado, em Fortaleza. Foi a 11ª vez dele no ato, que reuniu representantes da sociedade civil organizada e membros de diferentes religiões. A defesa da vida foi discurso de campanha e é pauta permanente no mandato de Girão. Em fevereiro, o senador cearense recolheu 29 assinaturas para o requerimento que desarquivou a proposta que proíbe o aborto desde o início da gestação, a chamada PEC da Vida.

O senador propôs projeto que eleva a pena do crime de aborto provocado por terceiro, com consentimento da gestante; além de outro que propõe que a mulher estuprada receba apoio físico e psicológico e, caso resolva não abortar, obtenha do Estado meios de sustentar a si própria e ao bebê, até que se descubra a identidade do estuprador.

Pautas polêmicas. Muitas mulheres alegam o direito sobre o próprio corpo e querem a liberdade de escolher interromper, ou não, uma gravidez. "Não é só a vida do bebê que é destruída, mas também a saúde da mulher que fica comprometida pelo resto da existência. Questões emocionais, psicológica, mentais e até físicas. Quem pratica o aborto tem uma propensão maior a desenvolver problemas, como crise de ansiedade, depressão e até o suicídio", rebate Girão.

Consenso

Será nesta terça-feira, em Brasília, a reunião da bancada federal cearense para definir o destino dos recursos do Orçamento da União 2020 destinado às emendas parlamentares. A tendência é de que haja consenso e deputados e senadores destinem a maior parte do dinheiro para o Governo do Estado investir em saúde e segurança pública, ao contrário do que foi decidido em votação na reunião anterior, fato que gerou até rusgas no relacionamento do senador Cid Gomes com o aliado deputado AJ Albuquerque.

E o Queiroz?

O debate de ontem, na Assembleia Legislativa, reunindo o presidente José Sarto e os ex-governadores Tasso Jereissati e Ciro Gomes, era sobre os 30 anos da Constituição Estadual, mas os assuntos variaram. Ciro, por exemplo, saiu-se com essa: "Todo mundo perguntando 'cadê o Queiroz?'. Dá vontade de dizer pro Bolsonaro: 'Na casa da tua mãe!'. Não é o deputado estadual Queiroz Filho (PDT). Que bom que ele usa o nome completo para não confundirem e não dar problema".

Bom humor

O debate foi leve. Tasso e Ciro estavam à vontade e retrataram as boas relações retomadas há alguns meses, depois de oito anos de divergências e algumas espetadas de lado a lado. Houve um momento que arrancou risos e aplausos da plateia. Foi quando Ciro criticava a política econômica brasileira e o senador interveio: "Aí falou o candidato a presidente", afirmou, para depois afirmar que concorda com alguns pontos da fala do pedetista.

Observadora

Próximo dia 27, a Colômbia vai às urnas. Serão eleitos governadores, prefeitos, deputados, vereadores e membros dos conselhos de administração locais. Juristas de vários países foram convidados para acompanhar e atestar a lisura do processo. Entre os observadores, a ouvidora substituta do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, Kamile Moreira Castro.


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