Outorga da Medalha da Abolição

Foi das mais concorridas a solenidade de outorga da Medalha da Abolição a diversas personalidades, entre eles, este autor, cabendo ao governador Camilo Santana a entrega da aludida comenda, com realce aos contemplados, apontando a respectiva atuação, em setores vitais para a comunidade cearense e a do País.

Sob impacto de visível emoção, todos os agraciados externaram o seu agradecimento pela honraria, inclusive o comandante do Corpo de Bombeiros, enfocando o triste episódio da queda do Edifício Andrea, sobretudo pelo registro de nove óbitos, compungindo nossa população.

A tarefa humanitária da Casa de Vovó Dedé, mantendo assistência a crianças pobres, numa ação beneditina que enobrece e dignifica, foi outro momento de exaltação, além do discurso de Ângela Gutierrez, intelectual das mais destacadas e presidente da nossa Academia de Letras, da qual este escriba é membro, desde 1992.

A desembargadora Iracema do Vale, integrante do CNJ, expressou o seu reconhecimento pela honrosa láurea, após exercer, com brilho, variadas funções, na vida judiciária cearense e brasileira. As atenções voltaram-se para a fala do Padre Reginaldo Manzotti, orador sacro, radicado no clero paranaense.

Já o empresário Edson Ventura, responsável pelo embelezamento de nossa urbe e, pelo extraordinário desempenho na construção de obras marcantes, além de revenda de veículos, com o auxílio do filho, Júlio Ventura, ambos impulsionadores do crescimento urbanístico.

Quanto a mim, aproveitei para formalizar uma clara e precisa despedida da vida pública, após mais de 50 anos de mandatos eletivos, saindo da Câmara Municipal de Fortaleza, escalonando por outros níveis, até alçar-me, interinamente, à Presidência da República.

Poderia, neste final, repetir o axioma de que "se mais não fiz foi porque não tinha engenho e arte para tanto..."