O terrorismo das facções

Os habitantes de Fortaleza e de municípios vizinhos, como Horizonte e Maracanaú, iniciaram o ano num clima de terror total, graças ao terrorismo das facções criminosas que infernizam a vida dos cidadãos.

As declarações do novo responsável pela área de assuntos penitenciários do Estado, ao não reconhecer a existência dessas facções e de que organizaria a lotação das penitenciárias de forma aleatória, sem separar supostos grupos aos quais se filiam os detentos, desencadearam dezenas de atentados contra agências bancárias, delegacias de Polícia, concessionárias de veículos e repartições públicas.

Como sempre, incendiaram vans e coletivos e, numa atitude de desafio ao poder constituído, dinamitaram uma das pilastras que sustentam importante viaduto na BR-020. Circulou, nesses dias, uma carta apócrifa ameaçando o governador e o prefeito de Fortaleza com a possibilidade de novas ações, caso percam regalias. Dizem-se "oprimidos pelo sistema", quando, na realidade, oprimidos somos nós, cidadãos e contribuintes, que pagamos elevados impostos e não temos a tranquilidade e liberdade necessárias para que vivamos num ambiente de paz.

A tal ponto fomos levados pela combinação da frouxidão de algumas autoridades com a criação de leis que desarmaram a sociedade e encheram de benesses a bandidagem. O presidente Jair Bolsonaro, em seu discurso de posse, destacou as linhas mestras de seu governo, entre elas a de combater, como disse textualmente, "o desvirtuamento dos direitos humanos".

Os presidiários devem ter, sim, seus direitos respeitados, mas jamais receber carta branca para seguirem ordenando, por meio de celulares, matanças e atentados fora do cárcere. O crime dito "organizado" fortaleceu-se graças à desorganização do Estado brasileiro. Este, mais do que nunca, precisa impor-se e recolocar as coisas em ordem. Assim o esperam as pessoas de bem.


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