No aguardo de decisões

Não remanescem dúvidas de que a grande expectativa da opinião pública brasileira é a deliberação congressual em torno da reforma da Previdência, nos termos da proposição elaborada pela equipe do Ministério da Economia, objeto de debates sequenciados no Congresso, com ampla ressonância na mídia, em variados noticiários políticos, através do rádio e da televisão.

A julgar pela intervenção na Comissão Especial, os argumentos favoráveis e contrários são veementes, com alguns questionamentos merecendo retorsão mais enérgica por parte do ministro da Economia, Paulo Guedes, além de advertências do presidente do Colegiado, com vistas a garantir as discussões, já que a temática abordada é de fundamental importância para o País.

Os prognósticos dão como certa a permanência dessa matéria na berlinda, até junho, após o que o projeto seguirá para o Senado, quando começará o deslinde da polêmica proposição, reputada como carro-chefe da fase inicial da gestão de Jair Bolsonaro, mesmo com outros temas em voga, a exemplo da possível retirada do Coaf do rol de atribuições do Ministério da Justiça, nenhuma outra questão transcende, em termos de relevância para o Erário, segundo afirmações técnicas abalizadas, confiando-se na celeridade do trâmite legislativo de demanda significativa.

Quando o Plenário, com os seus 513 membros, vier a ser chamado à decisão, a pressão governamental será ainda mais radicalizada, reclamando dos situacionistas um empenho desmensurado, capaz de assegurar a aprovação e consequente encaminhamento ao Senado Federal.

Na outra Casa, com apenas 81 integrantes, a batalha será menos cruenta, ainda que não se negue aos senadores a prerrogativa de examinar tal questionamento, oferecendo nova etapa de cerceamento das opiniões diversificadas.

Dentro de tais perspectivas, dir-se-á “vamos saber Deus por quem é...”