Milionários do forró no CE

Foi-se o tempo que o forró figurava entre os gêneros musicais sempre à margem da chamada boa música e indigno de sucesso estrondoso no Brasil. Hoje, os artistas levam os hits aos principais programas de TV e às mais badaladas casas de show do País. Marcas famosas de roupas e bebidas são citadas aos montes nas músicas e os próprios forrozeiros - sejam eles cantores ou fãs - alimentam um mercado que movimenta milhões.

Um dos estados cujas bandas sempre tiveram relevância neste cenário musical, o Ceará ostenta hoje os mais estribados artistas do forró, que ganham e geram riquezas ao redor deles. Esta matéria da editoria de Negócios, de domingo passado, dia 3/4, foi a mais lida da semana do Diário do Nordeste.

A aceitação de mais público teve a ver, admitem os artistas, com a mudança na composição do som. O uso de instrumentos eletrônicos, a modernização do shows e também a associação com outros gêneros, especialmente o sertanejo, fizeram com que bandas e cantores solos de forró conquistassem a preferência do público nos últimos anos.

Como já disse o maior símbolo da atualidade do forró cearense, Wesley Safadão, "a crise só pega quem acredita nela". Ele e mais uma centena de forrozeiros, com certeza, não estão nem aí para isso.

Sem crise

Artistas como Safadão e a banda Aviões do Forró chegam a fazer 20 shows por mês e a atrair públicos de mais de 40 mil pessoas nas apresentações, com ingressos que frequentemente custam mais de R$ 100 e chegam aos R$ 500, e sob os quais eles, dependendo do contrato, detêm participação. O retorno financeiro para quem investe na carreira e consegue sucesso é alto.

Uma das chaves para o sucesso reside em uma palavra-chave: divulgação. Nesse aspecto, a banda Aviões do Forró é uma das principais referências no modelo de distribuição de CDs de forma gratuita, com o objetivo de fortalecer a banda e atrair o público para os shows.