Mensageiro da paz

Diferentemente de outras épocas, o mundo hoje se ressente da ação de grandes homens, principalmente no campo político. Para onde se deita o olhar – à direita e à esquerda, ao centro, para a frente e para trás – denota-se a falta de figuras políticas de expressão histórica. Tal constatação é uma linha constante no gráfico estatístico das nulidades. Faltam estadistas, enquanto abundam e superabundam indivíduos medíocres, gananciosos, cheios de visão estreita e belicosa, preocupados unicamente com projetos pessoais de poder. Quem se qualifica hoje à conquista do título histórico de estadista? Por certo, tal condição passa longe dos Herodes atuais. Nominá-los todos é impossível, mas seus nomes aparecem diariamente nos jornais. Trump é o modelo da mediocridade pronta para consumo, seguido de outros da igualha de Putin e de Xi Jinping, este “eleito” presidente vitalício da China. O da França, Emanuel Macronn, é um Charles De Gaulle às avessas - está levando a França ao desespero. O da Argentina, o pobre Macri, está hoje de mãos atadas ao FMI. A Chanceler Angela Merkel, da Alemanha, se destaca em meio à mediocridade geral, pela luta empreendida contra a volta do nazifascismo à terra de Goethe e de Beethoven. Quem afinal se apresenta como exceção à regra da mediocridade? Todos responderão a uma só voz: o Papa Francisco. Por razões óbvias, ao ser eleito Papa, adotou pela primeira vez o nome de Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis, num claro sinal de como pretendia conduzir a barca de Pedro, em meio ao vendaval e ao mar revolto dos séculos. Combate, dentro da própria Igreja, os desvios de conduta. Prega o acolhimento, no lugar da exclusão. O amor em vez do ódio. A partilha e a compaixão pelos sofredores e os pobres. A ternura dos gestos. Segue, peregrino da paz, o teu caminho de santo e de estadista.


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