Luta barbarizada

Acometimento traumático vitimou Bolsonaro, gerando indignação e revolta junto aos segmentos do povo brasileiro. Até mesmo os concorrentes condenaram o episódio, num gesto de repúdio ao atentado ocorrido em Juiz de Fora-MG, onde se encontrava, em comício, buscando melhorar seu intento de suceder Temer.

A condenação do ato perverso saltou aos olhos das pessoas, ampliando-se numa onda de protestos entre todas as correntes de pensamento. Fez lembrar o atentado a Carlos Lacerda, político da antiga Guanabara, cujo mandante foi o Tte. Gregório Fortunato, guarda-costas do presidente Vargas. O fato aconteceu quando a campanha, na época, assumiu aspecto de conspiração entre os poderosos, numa página negra para a História, terminando com o suicídio do então presidente Getúlio Vargas. Bem situado nas pesquisas, apesar de dispor só de 8 segundos na propaganda eleitoral, o deputado - de quem fui colega no Congresso Nacional - revestia-se de ampla possibilidade de alçar-se à Primeira Magistratura do País, concorrendo com Ciro, Marina, Alckmin, Meirelles e outros, dentre os que aspiram ascender à Presidência da República. A equipe médica de Juiz de Fora recomendou a reavaliação dos colegas do Albert Einstein, em SP, esculápios experientes que se têm defrontado com quadros complicados, envolvendo políticos de renome, dentre eles os ex-presidentes Lula e Dilma, oportunidades em que ressaíram flagrantes seus tirocínios e a competência. Todos confiam na sua volta à campanha, com a mesma esperança de que seja eleito, e oferte ao País, dias melhores, no posto de combatente e defensor da democracia.

Mauro Benevides
Jornalista