Jogo perigoso

Pôr as instituições em xeque, pode ser um jogo perigoso para a democracia. O Congresso, formado pela Câmara Federal e o Senado, legitimamente eleito pelo povo, é um poder, o Poder Legislativo, com suas competências e responsabilidades definidas na Constituição Federal. Assim também ocorre com o Poder Judiciário, e, mais especialmente, com o Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta instância do Poder Judiciário brasileiro, denominado também de a Suprema Corte. 

Ninguém pode de boa fé jogar o eleitor contra o Congresso e o Supremo, pois assim o fazendo está semeando não só a desarmonia entre os poderes, mas cavando e não pavimentando o caminho para a implantação de regimes discricionários e ditatoriais. E as ditaduras, sempre arranjam motivos falaciosos para se imporem, e se começam de uma forma, nunca se sabe como terminam. Até chegarem ao esgotamento, o caminho é encharcado de violência, de crimes com ou sem autoria, mas a maioria impune, por conta de atos discricionários de uma ou de um grupo de pessoas autointituladas de “salvadoras da pátria”.

E uma das razões para um poder querer suplantar e esmagar os demais, é sempre a invocação da impossibilidade de governar, de estar impedido de materializar os projetos, de combater a corrupção e outras cavilações do gênero, com o único objetivo de, assenhoreando-se do poder, implantar um regime sem lei e sem ordem e, desde a origem, corrupto por natureza, porquanto solapa com sofismas as instituições democráticas, em vez de aperfeiçoá-las. Este filme já foi visto pelo Brasil por diversas vezes, delas com sucesso e outras abortadas a tempo.

As consequências dos “estados de exceção” são visíveis ao longo tempo e da História. Presentemente, inexiste campo para aventuras tresloucadas, venham de onde vierem. Concertar os poderes, eis a missão e o dever de todos os brasileiros.


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