Inovação febril

Hoje, com 80 anos de existência, não me surpreendem mais as aceleradas inovações que afetam todos os segmentos da sociedade contemporânea. Afinal, como testemunha ocular dos acontecimentos, assisti desde à substituição das máquinas de escrever e calcular mecânicas por elétricas até a migração quase absoluta da utilização do telefone fixo para a telefonia móvel celular, a qual não para de evoluir celeremente. No entanto, ainda há quem se perturbe com o enorme avanço tecnológico da área digital, correndo o risco de, agindo assim, ficar fora do ambiente social.

Para essas pessoas, a frase “O melhor ainda está por vir”, comumente pronunciada em contextos motivacionais, torna-se inquietante quando empregada para se referir ao futuro, porque todos os setores da vida, dos mais complexos aos mais simples, estão sendo afetados pelas mudanças aceleradas, que as impedem de ficar nas zonas de conforto que a estabilidade lhes permitiu criar.

As empresas, também impactadas no padrão ortodoxo de funcionamento a que estavam acostumadas pela febre de inovações que contaminou tudo e todos nestes novos tempos, valem-se do planejamento estratégico para o enfrentamento das indefinições quanto a que rumo tomar ou como se reinventar, a fim de não serem devoradas pelas mudanças persistentes.

Definitivamente, a Internet, com a mídia independente, os sites e canais de vídeos, a tecnologia de transmissão por streaming que permite o acesso a dados em tempo real e as inúmeras outras possibilidades de avanços que abriga está no cerne desse festival de mudanças. E a melhor forma de as pessoas se adaptarem a esses novos tempos sem tanto desconforto é entenderem, como diz o guia espiritual de Chico Xavier, que “horizontes abertos descerram horizontes mais amplos [E QUE]o dia que se deixa passar vazio e inútil é realmente um tesouro perdido que não mais voltará”.


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