Inclusão no mercado de trabalho

Quando falamos de inclusão, no contexto da economia, muitas vezes, pensamos em inserir uma pessoa com características vistas como fora do padrão num contexto de mercado de trabalho de maneira a promover direitos iguais aos demais trabalhadores, seja no âmbito empresarial, industrial ou até mesmo em campos como magistério e outras profissões em que há a possibilidade de atuação autônoma. Todavia, antes de darmos continuidade, precisamos destacar o significado literal da palavra inclusão.

No dicionário, a palavra inclusão quer dizer “integração absoluta de pessoas que possuem necessidades especiais ou específicas numa sociedade: políticas de inclusão; inserção, incluir em algum contexto (...).”. Devemos destacar que a visão social que temos de inclusão é um tanto injusta, desde a infância, quando falamos em campos acadêmicos, pois, em nosso País, incluir alguém em algum lugar significa nada mais do que inserir o indivíduo num contexto em que ele possa ser visto como “normal”, ou seja, recebendo as mesmas condições que qualquer outra pessoa que esteja inserida no mesmo contexto.

A verdadeira inclusão está em entender os problemas, dificuldades e as dores do indivíduo, disponibilizando recursos de acordo com suas necessidades.
Para incluir um indivíduo no mercado de trabalho, não podemos simplesmente jogá-lo num ambiente que não oferece os recursos necessários ao mesmo. Isso seria uma segregação ao invés de uma política inclusiva, algo equivalente a uma medida paliativa para cumprir a obrigatoriedade da legislação brasileira de colocar no quadro de funcionários pessoas que atendam a critérios de necessidades especiais. 

Essa análise nos leva a perceber que, no que tange a inclusão, ainda há um longo caminho a percorrer para que as tais políticas se tornem eficazes e condizentes com significado literal do termo.


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