Incertezas do futuro

A situação climática preocupa hoje todo o mundo científico, e não só este, mas também a parcela da população mundial mais esclarecida, notadamente os jovens. Entre as mudanças e suas consequências para a vida do Planeta já podem ser apontados o aumento da temperatura e as transformações climáticas.

Cataclismas de intensidade cada vez maior têm levado à morte milhares de pessoas e à destruição de cidades e de patrimônios florestais, com prejuízos incalculáveis, ora pelas secas, ora pelos tufões, furacões e as tsunamis.

Não se agride impunemente a mãe-natureza, e as mostras do descontrole da ação humana estão bem presentes no dia a dia não só de uma nação ou país, mas do mundo todo, hoje globalizado, queiram ou não os novos salvadores da pátria amada, Brasil.

Estudiosos da questão ambiental e climática têm advertido sobre o aumento do nível das águas do mar, fenômeno decorrente do degelo nos polos, pondo em risco as cidades marítimas e as ilhas oceânicas. Também a ação do homem tem provocado transformações e destruições ao meio-ambiente, quando da construção de portos e molhes marítimos. Aqui mesmo no Ceará muitas praias foram devoradas pelo mar - Iparana, Icaraí, Pecém são exemplos de praias destruídas pela ação da engenharia humana.

Nas cidades, o assoreamento dos rios, o engessamento em tubulações de cimento armado, como no caso do hoje aprisionado Rio Pajeú, respondem pelas inundações diante de qualquer chuva, com os repetitivos dramas sociais. Atualmente, a Prefeitura de Fortaleza reconfigura a Beira-Mar, e quer fazer dela o maior cartão-postal da cidade.

Terão sido observados todos os aspectos técnicos de obra de tal magnitude? Consultados oceanógrafos sob o propalado risco de elevação das águas do mar, provocadas pelo anunciado degelo? Sendo Fortaleza uma cidade à beira-mar plantada, quais os reais riscos futuros?


Eduardo Fontes
Jornalista e administrador


Assuntos Relacionados