Hora de apaziguar

É hora de apaziguar os espíritos, de buscar a união, e não de fomentar ódios e aprofundar divisões. Vejam o exemplo do grande estadista Abrahão Lincoln: terminada a Guerra da Secessão americana, quando o Norte venceu o Sul escravagista, ou mais precisamente a União venceu os separatistas do Sul, Lincoln. ao ser reeleito para mais um mandato presidencial, tinha como objetivo principal estender a mão aos derrotados, e não fomentar a perseguição a qualquer preço. Acabou assassinado por um louco ator movido a ideologia racista, inconformado com a libertação dos escravos. E por isso o nome de Lincoln figura entre os grandes estadistas e pais da pátria americana. Foi e é um exemplo de democrata, embora filiado ao partido republicano. O exemplo de Lincoln bem poderia servir ao Brasil dos dias atuais, dividido por pseudo-ideologias e por verdadeira caça às bruxas, num retrocesso gritante e intolerável, quando o lema parece ser o de não deixar pedra sobre pedra. "Caças-fantasmas" andam em busca de "esquerdistas" ou de "comunistas" em toda parte, e apelam para atos grotescos e para perseguições motivadas tão somente por questão ideológica, num mundo supostamente dividido entre direita e esquerda, onde os primeiros são amigos do rei e os demais são inimigos. A isso se dá o nome de sectarismo político e na filosofia de maniqueísmo. O presidente da república, o governador do estado, o prefeito das capitais e dos municípios, ao serem eleitos, não podem governar apenas para o seu grupo político, para os correligionários, mas devem se desvestir da roupagem só partidária e abraçar o todo. O todo significa pacificar os ânimos, esquecer as querelas da campanha, e passar a olhar não para o próprio umbigo, mas para a frente, buscando soluções para os problemas sociais e coletivos, e sem o desejo de destruir toda a obra do antecessor.


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