História de Quixeramobim

Quixeramobim, o centro geométrico do Ceará, que dista 204 Km da Capital, viveu período festivo quando comemorou, de 13 a 17 de agosto de 2003, os 147 anos de cidade e os 214 anos de emancipação política. Em 1702, às margens do Rio Quixeramobim, foram divididas em Sesmarias e, nesse mesmo ano, foi concedida a Francisco Ribeiro de Sousa a Sesmaria, onde localiza-se a cidade. Em 1710, Antônio Dias Ferreira adquiriu terras às margens do Rio Quixeramobim (cuja etimologia quer dizer carne gorda) onde, em 1712, foi situada a sua fazenda com o nome de Santo Antônio do Boqueirão. Em 1732, aconteceu a bênção da capela em homenagem a Santo Antônio de Pádua e, em 1755, foi criada a Paróquia de Santo Antônio de Quixeramobim. O município foi inaugurado no dia 13 de junho de 1789, com a elevação do povoado de Santo Antônio do Boqueirão, recebendo o nome de Vila do Campo Maior. Já em 14 de agosto de 1856, pela Lei n.º 770, a Vila de Campo Maior foi elevada à categoria de Cidade.

A primeira estrofe do hino de Quixeramobim, que descreve a grandeza e a hospitalidade da sua gente, narra que ´Num passado remoto e glorioso, nestes campos gerais do sertão, quis o Império assentar, valoroso, forte Núcleo de um povo cristão´. Portanto, está de parabéns a Prefeitura Municipal, na pessoa do prefeito Cirilo Pimenta, e a Câmara de Vereadores ao promoverem as comemorações de tão significativas efemérides que revelam a evolução da história de um dos mais prósperos municípios do Ceará, em pleno século XXI, cuja economia tem como principal fonte a agricultura, pecuária de corte, leiteira e a indústria. Contribuem ainda, para o desenvolvimento econômico de Quixeramobim, cuja população é de 59.235 habitantes, o comércio, agências bancárias e conta inclusive com duas emissoras de rádio: Difusora Cristal (a pioneira) e Campo Maior. Devemos também ressaltar o sentimento de religiosidade dos Quixeramobienses que têm como padroeiro o glorioso Santo Antônio, e, entre seus filhos ilustres, as personalidades históricas como Dom Quintino Rodrigues de Oliveira (primeiro bispo do Crato) e Antônio Vicente Mendes Maciel (Antônio Conselheiro) notabilizado, não pelas letras, mas como protagonista do grande drama de Canudos, retratado no livro ´Os Sertões´, da autoria de Euclides da Cunha.

Jornalista e advogado