Fazendo a diferença II

Os projetos associativos de caráter comunitário, dentre outras virtudes, reduzem custos das transações, atreladas ao comportamento oportunístico dos indivíduos, assim como da seleção, do monitoramente e da sua execução.

Esses projetos se situam no campo da economia solidária, denominados EFS - Empreendimento de Finanças Solidárias, se constituindo, portanto um segmento da economia solidária nos países onde são executados. A ação econômica promovida por esta modalidade é medida por princípios multidimensionais, fruto da conjugação dos princípios econômicos - mercantil, não mercantil, monetário e não monetário.

Com base nesses pressupostos, as iniciativas em finanças solidárias definem suas práticas a partir das seguintes premissas: não tem finalidade lucrativa; o propósito econômico da iniciativa esta subordinado à vertente social; apoiam-se em relações de proximidade; e buscam o controle social ou democrático do dinheiro, afirmando-se enquanto iniciativa de democracia econômica.

Suas iniciativas não devem ser entendidas enquanto metodologias fechadas, ao contrário, elas se estruturam em torno de necessidades locais e, por isso se sujeitam a alterações em função das mudanças no contexto local, e também na realidade econômica geral e novas parcerias que vão sendo construídas. Essa intervenção ganhou dimensão internacional por conta das experiências do economista Muhammad Yunus no Grameen Bank - Prêmio Nobel da Paz, em 2006.

Assim essa iniciativa tornou-se motivação para que regiões deprimidas pudessem dispor de metodologias que ensejasse o estimulo ao associativismo de conotação produtiva com geração de ocupação e renda. Tem sido replicada em regiões do terceiro mundo e economias em desenvolvimento, com e êxito e estímulo à geração de renda e capacitação produtiva, inclusive no nosso País.


Assuntos Relacionados