Estamos presentes! 

Por que é preciso ressignificar o Dia da Mulher? A necessidade de se ter uma data internacional nos chega como reforço de uma luta cotidiana que envolve várias esferas dos direitos políticos, econômicos e sociais das mulheres. Militância que se fez no passado, presente e que segue no futuro em busca de direitos, como a igualdade e autonomia do corpo e da vida. Muito já foi conquistado. Se hoje podemos ler, escrever, votar, ser votada, decidir sobre casar ou ter voz é porque as que nos antecederam lutaram por isso. Nada veio fácil. Votar? Parece simples digitar a escolha na urna hoje, mas o sufrágio feminino envolveu uma luta enorme! É graças a estas feministas, que impulsionaram bandeiras no passado, que hoje podemos levantá-las. É sobre quem veio antes, quem está ao lado e pelo destino de nossas herdeiras nesta caminhada. 

Muito se equivocam em comentários sobre as feministas. Nós somos aquelas que desejam autonomia e respeito sobre nossa vida e escolhas. Feminismo não é o contrário de machismo, já que não busca inferiorizar e subjugar homens. O machismo é uma cultura nefasta que inferioriza mulheres, é violento e causa um enorme mal à sociedade. O feminismo não. Carrega bandeiras de respeito e da liberdade, apoiando-se umas nas outras nas ruas, nas escolas, comunidades e nas redes. 

O Dia Internacional da Mulher e o feminismo estão interligados, sendo o dia 8 de março eleito pela ONU para reafirmar a luta das mulheres por seus direitos. Virou algo comercial, mas não é. Nada contra flores e presentes, mas o dia é de reflexão do quanto se percorreu, fazer-se visível, reunir e pensar no que ainda há por avançar. É dia de lembrar Madalena Caramuru, Nair de Teffé, Margarida Maria Alves, Dandara, Verônica Franco, Nísia Floresta, Maria da Penha, Marielle Franco e tantas outras mulheres que se destacaram para reafirmar autonomia, respeito, liberdade e igualdade para todas. Mulheres memoráveis e PRESENTES a cada nova conquista.


Assuntos Relacionados