Empresas familiares

Muitas empresas familiares trazem como gestor principal a figura do pai. Sabemos que iniciar um empreendimento e fazer com que ele aconteça e se mantenha, requer uma carga alta de dedicação e renúncias que inclui aspectos familiares. Porém, depois dessa longa caminhada, eis que chega a sucessão e aqueles filhos surgem para darem uma nova roupagem ao que já estava posto. Para cada configuração familiar, um posicionamento se terá acerca desse que foi o protagonista da história da empresa familiar.

Qual lugar ele vai ocupar? Sairá da empresa? Como será tratado? Ignora-se o que ele construiu? Essas perguntas estão presentes no inconsciente coletivo dos que fazem parte da empresa familiar, posto que esta se fundamenta nos valores da família, pautada no respeito às hierarquias.

É preciso entender que independentemente das nossas funções, trazemos um feixe de emoções que não devem ser desconsideradas, bem como sentimentos e valores que não podem ser esquecidos. A experiência e maturidade do fundador, no tratar com os negócios, vivências cotidianas com os funcionários e as crises enfrentadas deverão ser esquecidas? Suas habilidades desenvolvidas na dinâmica empresarial são relegadas ao passado? Seu nome, sua história, seus feitos, são muito importantes nessa nova configuração.

Cada empresa familiar tem um perfil singular e fica a pergunta para as futuras gerações: lugar do pai é fora da empresa? Nós do Instituto Empresariar entendemos que há sempre um “lugar” para ele. Não podemos deixar de lado sua cultura, experiência e sobretudo, o seu “jeitão” de ser. Existem comportamentos difíceis sim, mas precisamos usar sempre da empatia para que o nosso relacionamento seja mais leve, posicionando-nos no papel de eterno aprendiz.

Que tal encontrar seu pai nos negócios? Para isso, é preciso ir de encontro ao seu chefe. Lembre-se ele se encontra em cada um deles.