Educação e moradia

Não se pode admitir, que depois de tantas promessas governamentais, os investimentos, nos setores de educação e moradia, ainda sejam insuficientes para atender a demanda populacional no Brasil. A Região Nordeste, considerada, historicamente, por ter o maior número de iletrados do país, apresentou uma redução de 22,4% na taxa de analfabetismo, em 2004, passando para 18,7%, em 2009. O levantamento informou que o índice é crescente em relação a idade, sendo que a maior concentração de analfabetos ocorreu entre as pessoas pertencentes aos grupos de idade mais elevada, haja vista que 92% deles tinham 25 anos ou mais de idade. Precisa ser observado também que o estudo do IBGE revelou ainda que os problemas sociais são registrados em outro segmento, que deve ser, igualmente, prioritário, o que não tem acontecido em sucessivos governos, tanto no passado como nos dias atuais. O número de residências próprias, por exemplo, envolvendo casas, apartamentos e cômodos, cresceu 13,4%, entre 2004 e 2009, atingindo 43 milhões e 136 mil imóveis. A ampliação do mercado imobiliário representa 73,6% desse total, ou seja, o mesmo percentual de 2004.

Cerca de 2 milhões e 500 mil residências são financiadas, enquanto que os imóveis alugados correspondem a 17% dos domicílios, perfazendo um total de 10 milhões. A ocorrência desse tipo de residência aumentou 1,6%, desde 2004. É notório que os investimentos, destinados à erradicação do analfabetismo e à redução da carência habitacional, ainda não são suficientes, embora não faltem os famosos projetos ilusórios. Entretanto, deve ser ressaltado um aumento no crédito para aquisição da casa própria, que foi de 70 bilhões em 2010. De acordo com a Caixa Econômica Federal, até setembro de 2010, o valor emprestado, para habitação, passou dos 47 bilhões e meio de reais, montante que já é maior que todo ano de 2009. Que o novo governo tenha a devida sensibilidade e, desse modo, possa investir, prioritariamente, nos programas de educação e moradia popular, contribuindo assim para a melhor qualidade de vida dos brasileiros.

Ivan Mendes - jornalista