Direito e justiça

O Brasil há de buscar o progresso e o desenvolvimento longe dos extremismos de direita ou de esquerda. O mundo de agora é bem mais complexo e vai muito além da antiga dicotomia da época da Guerra Fria, quando dois polos dividiam a Terra entre esquerda e direita, entre comunismo e capitalismo. Hoje, os desafios e as exigências das relações internacionais são outras, e nenhum Governo há de radicalizar suas posições políticas e ideológicas em detrimento do bem-estar do povo e do desenvolvimento nacional.

Do contrário, ficará à margem do processo inter-relacional, onde as trocas e as experiências se processam e se aprimoram. Afirmar-se de direita ou de esquerda, é eliminar a priori a possibilidade de dialogar e de adotar, mesmo com adaptações, as ações e as iniciativas passíveis de serem consideradas boas, advindas do lado contrário, independentemente da ideologia política. Se o programa é bom, deve ser aperfeiçoado. Se o gestor é competente, e atua de conformidade com a ética e a lei, não se há de persegui-lo movido por desejos menores ou de vingança. 

Uma coisa é certa no Brasil: não é de esquerda nem comunista quem lança o seu olhar para o elo mais fraco da sociedade – os pobres, os despossuídos, os analfabetos. Não é de esquerda nem comunista quem trabalha para diminuir a grave desigualdade social, com todo seu imenso cortejo de trágicas consequências. 

Não poderá ser acusado de direita o empresário preocupado com a questão social, envolvido em projetos de desenvolvimento comunitário e promotor do bem-estar dos empregados. De direita será o rentista, preocupado tão só com o lucro sem função social. O banqueiro, com lucros na casa dos bilhões. 

Os exploradores do trabalho escravo, os promotores da prostituição e do tráfico de drogas. Os donos de terras tomadas na marra. O direito e justiça devem presidir as ações humanas.


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