Dever de gratidão

Estive a meditar sobre minha profissão de advogado e ocorreu-me à mente algumas recordações que eu as hauri na centenária Salamanca onde há 46 anos me graduei em Direito. 

Tenho um imenso dever de gratidão para com a nossa tradicional Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará - UFC e aos mestres daqueles áureos tempos, que ali lecionaram com reconhecida sapiência e extremada dedicação. Por isso aqui expresso com satisfação esse sublime sentimento de uma recognição abrangente à tradicional instituição de ensino das Letras Jurídicas, reconhecendo que nenhum dever é mais importante do que a gratidão. 

Quando fiz o exame vestibular, no ano de 1968, existiam três opções para o vestibulando escolher como língua estrangeira: inglês, francês e espanhol, tendo eu optado pelo idioma anglo-saxônico, e conseguido a melhor nota, exatamente, 76,0 dentre as demais matérias do vestibular daquela época, Português, Matemática, História, Sociologia e Filosofia. 

A destacar que naquele ano foi necessário a UFC, na área de Ciências Sociais (Direito, Ciências Contábeis e Economia), promover outro vestibular, vez que, no primeiro, o Português reprovou em massa, pois, mesmo podendo o candidato obter a nota mínima para continuar no certame, que era 30,0 somente cerca de 33% dos postulantes conseguiram essa façanha, ficando vagas ociosas em todos os supracitados cursos. 

A destacar que foi o primeiro vestibular da UFC no qual introduziu-se o sistema de quesitos alternativos, tendo como principal característica o fato de quatro escolhas erradas, anular uma certa. Aldous Huxley dizia: “Experiência não é o que acontece com um homem; é o que ele faz com o que acontece com ele”. A partir dessa reflexão expresso esse meu dever de gratidão.


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