Desempenho da comissão especial

Após a Comissão de Constituição haver se pronunciado sobre a constitucionalidade e juridicidade da reforma da Previdência, agora, começa a trabalhar a Comissão Especial, integrada por aqueles que, em sua respectiva agremiação, podem contribuir, paulatinamente, para melhorar o texto originário do Poder Executivo, elaborado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes e seus auxiliares. É quase certo que inserções ocorrerão na matéria, num esforço para aprimorar o alcance dos objetivos primordiais, impedindo que sejam desfavorecidos os contribuintes em exercício e os milhões de aposentados, com base em argumentação elucidativa, a emergir dos debates a serem travados até o fim de junho, quando o Plenário deverá ser chamado a deliberar, conclusivamente, em nova fase de discussões, provavelmente mais acaloradas, diante do interesse suscitado por expectadores atentos à polêmica proposição.

Com algumas dezenas de anos no Parlamento, afora o debate que precedeu a Carta Cidadã, nenhuma outra proposta há despertado tanta preocupação na esfera política, como a que ora se defrontarão a Câmara dos Deputados e, a seguir, o Senado Federal, envolvendo algo de transcendental relevância para os cofres do Erário.

As lideranças partidárias, tanto da Situação, como as Oposicionistas buscarão, certamente, encontrar soluções consensualizadas, o que facilitará, em muito, o acolhimento de uma temática que tem propiciado confrontos acirrados, dentro e fora, das duas Casas do Poder Legislativo.

Os prazos peremptórios não serão tangenciados, cumprindo-se o roteiro regimentalmente estabelecido, evitando-se procrastinações que delonguem a almejada questão, reclamada pelo presidente Jair Bolsonaro e sua equipe de Governo.

Depois do insucesso registrado na gestão Temer, poderá ser repetido o axioma, segundo o qual “quem corre cansa, quem anda alcança...”.


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